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Bursaphelenchus xylophilus

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Bursaphelenchus xylophilus</i>

O nemátodo do pinheiro

Bursaphelenchus xylophilus
Sinónimo: Bursaphelenchus lignicolus Mamiya & Kyohara

Hospedeiros

  • Espécies de pinheiro e outras coníferas.
  • Algumas espécies de pinheiro são particularmente sensíveis (Pinus pinaster, P. nigra, P. thunbergii, P. densiflora, P. taeda), enquanto outras são resistentes (P. banksiana, P. palustris, P. rigida, P. elliottii).
  • Algumas espécies de abetos (Abies), Chamaecyparis, larícios (Larix), espruces (Picea), pseudotsugas (Pseudotsuga) e cedros (Cedrus) podem igualmente ser atacadas pelo nemátodo, que ocasiona apenas o enfraquecimento da árvore.

Identificação

  • Rápido declínio das árvores e morte súbita.
  • Murchidão generalizada da copa com amarelecimento das agulhas, que permanecem nos ramos, acabando por adquirirem uma cor vermelha acastanhada e finalmente castanha de forma muito rápida.
  • Morte rápida das árvores atacadas (30 a 90 dias após o aparecimento do primeiro sintoma visível), usualmente no verão. Algumas árvores morrem apenas na Primavera seguinte ao aparecimento dos primeiros sintomas.
  • O xilema das árvores fica seco, sem resina.
  • B. xylophilus não é visível à vista desarmada. A sua identificação é feita em laboratórios da especialidade.

Danos

  • Morte das árvores infestadas (espécies susceptíveis).

Biologia

  • Na Europa o nemátodo B. xylophilus foi detectado apenas em Portugal (restrito à península de Setúbal). Somente foi encontrado em P. pinaster.
  • B. xylophilus invade o xilema das árvores provocando uma rápida disfunção e morte do sistema vascular das árvores (doença vascular).
  • Em Portugal o nemátodo é transmitido (vector) pelo coleóptero Monochamus galloprovincialis.
  • O insecto adulto Monochamus (Coleoptera: Cerambycidae) arrasta consigo nemátodos juvenis. O nemátodo penetra nas árvores sãs através das feridas provocadas pela armadura bucal do insecto durante o período de alimentação na árvore.
  • Em espécies susceptíveis e sob condições ambientais favoráveis, o nemátodo multiplica-se rapidamente, invade o xilema e bloqueia os canais secretores, provocando a morte da árvore
  • Nas árvores mortas, o nemátodo alimenta-se de fungos que aí se instalaram, principalmente fungos que provocam o azulamento da madeira, tal como Ceratocystis sp.
  • As árvores mortas são procuradas pelas fêmeas de Monochamus que depositam aí os seus ovos (transmissão secundária dos nemátodos). As larvas desenvolvem-se inicialmente no câmbio e passam o inverno no interior da madeira. Na Primavera, os nemátodos estão alojados perto da câmara de pupagem e agarram-se aos adultos jovens antes da sua emergência. Estes quando abandonam as árvores levam agarrados os nemátodos que vão dar continuidade ao ciclo da doença, como já referido, indo infectar árvores sãs ou árvores mortas.

Factores de risco

  • Tempo seco associado a temperaturas elevadas favorece o desenvolvimento e disseminação do nemátodo.

Medidas de gestão

Monitorização

  • Efectuar uma vigilância atenta, com uma análise nematológica, de qualquer novo foco de enfraquecimento de pinheiros.
  • Monitorização do voo de Monochamus através de armadilhas activadas com etanol e hidrocarbonetos monoterpénicos ou armadilhas feitas de ramos de pinheiro e toros.

Medidas preventivas

Meios de luta

  • Remover e queimar de imediato toda a árvore atingida pela doença.
  • A longo termo, sementeira e plantação de pinheiros resistentes.
Foto 1: Árvores atacadas pelo nemátodo do pinheiro.

Fotos : P. Naves


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