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Thaumetopoea pityocampa (Hübner) (Lepidoptera, Thaumetopoeidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Thaumetopoea pityocampa</i> (Hübner) (Lepidoptera, Thaumetopoeidae)

Processionária do Pinheiro

Thaumetopoea pityocampa (Hübner) (Lepidoptera, Thaumetopoeidae)

Hospedeiros

Todas as espécies de pinheiros (Pinus) e cedros (Cedrus). Plantações de Pinus radiata, P. nigra, P. canariensis e P. sylvestris são as mais susceptíveis, P. pinaster e P. halepensis são as menos susceptíveis.

Identificação

  • No fim do Verão e início do Outono, tufos de agulhas avermelhadas nas extremidades dos ramos (com pequenos ninhos sedosos) (Figura 1).
  • No fim do Outono e no Inverno, ninhos sedosos (bolsões) nas extremidades dos ramos e desfolha da copa (Figuras 2 e 4).
  • Larvas nos ninhos sedosos ou na sua vizinhança (Figura 3).
  • Formação de procissões de larvas no final do Inverno, deslocando-se em fila indiana da copa da árvore até ao solo, onde se enterram.

Danos

  • Uma desfolha completa pode resultar na perda de um ano de crescimento radial.
  • Desfolhas consecutivas podem matar a árvore, particularmente árvores jovens.
  • A desfolha pode induzir stress na árvore, aumentando a sua susceptibilidade ao ataque de pragas secundárias.
  • As larvas possuem pêlos urticantes, que causam fortes reacções alérgicas no homem e em animais domésticos (esta situação ocorre do meio do Outono ao final do Inverno).

Biologia

  • Uma geração por ano.
  • Os imagos estão presentes de Julho a Setembro.
  • Posturas são dispostas em fiadas paralelas, à volta de um par de agulhas.
  • As larvas são gregárias. As larvas das primeiras instars fazem ninhos provisórios. Alimentam-se das agulhas vizinhas, causando uma descoloração avermelhada.
  • No final do Outono, as larvas tecem um ninho definitivo na zona mais ensolarada da copa.
  • No final do Inverno, as larvas deslocam-se em procissão em direcção ao solo, onde se enterram e pupam.
  • As pupas param o seu desenvolvimento (diapausa) durante um período de tempo de meses a anos.
  • As pululações são relativamente periódicas, ocorrendo a cada 5 a 7 anos. Condições climatéricas adversas, fome e inimigos naturais são os principais factores de regulação populacional.

Factores de risco

  • Árvores isoladas, zonas de bordadura, e povoamentos pouco densos ou monoespecíficos são mais propensas ao ataque, principalmente porque os adultos são atraídos pelas silhuetas das árvores.

Medidas de gestão

Monitorização

  • No Outono ou no Inverno: observação da percentagem de árvores infestadas e do número de ninhos por árvore.
  • Em Espanha, os níveis de população no Verão são monitorizados usando armadilhas iscadas com a feromona Pityolure (G-Traps) . Em França, um método semelhante está em desenvolvimento.

Medidas preventivas

  • Evitar desbastes intensivos nas plantações de pinheiros jovens (5 a 15 anos).
  • Plantação de espécies não-hospedeiras nas bordaduras dos povoamentos.
  • Plantação de povoamentos misto (espécies hospedeiras e não-hospedeiras).

Meios de luta

  • Destruição mecânica dos ninhos de Inverno (através de corte ou tiros de caçadeira e queima)
  • Aplicação aérea de insecticidas (se necessário):
    • Em Portugal: Bacillus thuringiensis, Diflubenzurão, Hexaflumurão e Tebufenozida.
    • Em França: para os primeiros instares (Agosto - Setembro) Diflubenzurão ou Bacillus thuringiensis var. Kurstaki, para os últimos instares (fim do Outono) Deltametrina.
    • Em Espanha: há registo de muitos produtos: Alfa-cipermetrina, Azadiractina, Beta-ciflutrina, Bifentrina, Cipermetrina, Deltametrina, Diflubenzurão, Fenitrotião, Flufenoxurão, Hexaflumurão, Permetrina, Tebufenozida, Triflumuron e Z-13-Hexadecen-11-inil acetato. Bacillus thuringiensis.
  • Utilização de armadilhas iscadas com feromonas para captura de machos, em Espanha. As armadilhas devem ser colocadas uma por hectare, e localizadas nas bordaduras do povoamento, corta-fogos ou clareiras (método em desenvolvimento em França).
Foto 1: Ninho provisório no Outono.
Foto 2: Ninho de Inverno no extremo dos ramos.
Foto 3: Larvas da Processionária do Pinheiro.
Foto 4: Árvore parcialmente desfolhada.

Fotos : 1: Inge van Halder, 2-4: Enrique Martin


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