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Dioryctria mendacella (Lepidoptera, Pyralidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Dioryctria mendacella</i> (Lepidoptera, Pyralidae)

Lagarta das pinhas

Dioryctria mendacella (Lepidoptera, Pyralidae)

Hospedeiros

Pinheiros, em particular o pinheiro manso (Pinus pinea), mas também o pinheiro do Alepo (P. halepensis) e pinheiro bravo (P. pinaster).

Identificação

  • Presença de zonas acastanhadas nas pinhas verdes na sua fase final de crescimento, na Primavera e Verão.
  • Pinhas com orifícios irregulares e fissuras com exsudação de resina e excrementos das lagartas (Foto 1).
  • No interior das pinhas, presença de galerias periféricas cheias de excrementos grosseiros e redondos misturados com resina (Foto 2).
  • De Maio a Fevereiro presença de lagartas nas galerias. As lagartas são de cor púrpura avermelhada no dorso, branco rosado na face ventral, e de cor preta brilhante na cabeça e escudo (Foto 3). Pode-se encontrar na mesma pinha lagartas jovens (com cerca de 5 mm) e lagartas maduras (com cerca 25 mm).
  • Pode-se confundir esta praga com o gorgulho das pinhas Pissodes validirostris: nesta espécie as larvas são brancas, sem patas e em forma de C.
  • Em consequência da alimentação larvar as pinhas têm desenvolvimento assimétrico.

Danos

  • Perda total ou parcial das sementes nas pinhas.
  • No pinheiro manso há perdas económicas importantes na produção de pinhão.

Biologia

  • Há duas gerações anuais sobrepostas.
  • As borboletas voam de meados da Primavera até ao final do Verão, com máxima actividade entre Maio e Setembro, os ovos são postos isolados nas escamas das pinhas.
  • As lagartas perfuram as pinhas fazendo galerias periféricas no seu interior e destruindo as sementes.
  • As lagartas maduras abandonam as pinhas e enterram-se no solo para pupar.
  • A primeira geração desenvolve-se em cerca de 4 meses (Primavera/Verão); na segunda geração o período de desenvolvimento estende-se até 9 meses (com um período de hibernação)
  • As lagartas de todas as idades hibernam no interior das pinhas de Outubro a Fevereiro. No final do Inverno as lagartas maduras descem ao solo para pupar e as lagartas jovens continuam o seu desenvolvimento atacando novas pinhas.

Factores de risco

  • O pinheiro manso é uma espécie preferida em relação aos outros pinheiros.

Medidas de gestão

Monitorização

  • Observação das pinhas atacadas durante a colheita (Outono/Inverno).

Medidas preventivas

  • Remoção mecânica e destruição das pinhas atacadas com lagartas durante a colheita (Outono/Inverno).

Meios de luta

  • Não há insecticidas registados para esta praga em Portugal, Espanha e França.
Foto 1: Sintoma inicial do ataque da lagarta das pinhas: orifício de entrada com excrementos e resina numa pinha de pinheiro manso.
Foto 2: Excrementos grosseiros misturados com resina no interior de uma pinha atacada.
Foto 3: Lagarta jovem abrindo galeria dentro de uma pinha.
Foto 4: Sintomas exteriores de ataque: pinhas parcialmente consumidas com fissuras e massas de resina na superfície.

Fotos : Juan Pajares


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