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Pissodes validirostris (C.R. Sahlberg) (Coleoptera, Curculionidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Pissodes validirostris</i> (C.R. Sahlberg) (Coleoptera, Curculionidae)

Gorgulho das pinhas

Pissodes validirostris (C.R. Sahlberg) (Coleoptera, Curculionidae)

Hospedeiros

  • Várias espécies de pinheiro: especialmente pinheiro manso (Pinus pinea), mas também pinheiro silvestre (P. sylvestris), pinheiro de alepo (P. halepensis), pinheiro bravo (P. pinaster) e pinheiro negro (P. nigra Salzmannii).

    Identificação

    • Em Abril/ Maio, presença de gorgulhos escuros com marcas brancas e laranja amareladas, alimentando-se e depositando ovos nas pinhas (Foto 1).
    • Pequenas pontuações nas escamas das pinhas, algumas cobertas com uma pequena capa de excrementos, observáveis no período final de crescimento das pinhas (Foto 2).
    • Dentro das pinhas, túneis larvares profundos, preenchidos com excrementos finos e pulverulentos (Verão/ Outono).
    • De Maio a Setembro presença, dentro das pinhas, de larvas ápodes, brancas com a cabeça castanha (até 1cm de comprimento) (Foto 3). As lagartas de Dioryctria mendacella possuem patas, são maiores, e de cor vermelha arroxeada.
    • No Verão e Outono, pinhas secas, castanhas, subdesenvolvidas (de menor tamanho e com escamas menos proeminentes) muitas vezes com exsudações de resina.
    • A partir do fim do Verão, orifícios de saída circulares bem definidos (2-3 mm de diâmetro) na superfície das pinhas (Foto 4).

    Danos

    • Perda total das sementes em pinhas atacadas.
    • Importantes perdas económicas nas colheitas de pinhão, em povoamentos de pinheiro manso.

    Biologia

    • Uma geração por ano.
    • Os adultos passam o Inverno nas fendas da casca na base das árvores; no início da Primavera deslocam-se para a copa para se alimentarem dos raminhos e posteriormente das pinhas em desenvolvimento (Abril/ Maio).
    • Em Abril/ Maio vários ovos são depositados individualmente em pontuações feitas nas pinhas no início da sua estação de crescimento final.
    • Inicialmente, as larvas escavam túneis periféricos dentro da pinha, depois vão aprofundando até destruírem o seu eixo, causando a cessação do desenvolvimento da pinha (Maio a Setembro).
    • A fase de pupa ocorre dentro das pinhas; os adultos emergem nos finais de Agosto ou Setembro e alimentam-se dos raminhos antes de descerem ao tronco para passar o Inverno.
    • O gorgulho não tem grande mobilidade e os ataques tendem a reaparecer cada ano nos mesmos povoamentos, e até nas mesmas árvores.
    • As populações parecem ser reguladas sobretudo pela falta de alimento, devidas às flutuações anuais na abundância de pinhas.

    Factores de risco

    • O pinheiro manso é preferido a outras espécies de pinheiro.

    Medidas de gestão

    Monitorização

    • Observação de pinhas atacadas durante a colheita (Outono/Inverno).

    Medidas preventivas

    Meios de luta

    • Não existem insecticidas contra esta espécie homologados em Portugal e França.
    • Em Espanha: em povoamentos de pinheiro manso, aplicação aérea de insecticidas de contacto (Deltametrina) conta os adultos durante a fase de alimentação e postura na Primavera. Temporização dos tratamentos através da monitorização da actividade dos adultos no início da Primavera (observação de pinhas, armadilhas com redes ou em bandas em volta da base do tronco).
  • Foto 1: Insecto adulto alimentando-se de raminhos na Primavera.
    Foto 2: Pontuações de alimentação e postura numa pinha em desenvolvimento (Maio).
    Foto 3: Larva jovem dentro de uma pinha.
    Foto 4: Sintomas externos de ataque: pinhas subdesenvolvidas cobertas com exsudação de resina. Note-se os orifícios de saída circulares (Outono).

    Fotos : Juan Pajares


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