Cochonilha do pinheiro bravo
Matsucoccus feytaudi Duc (Hemiptera, Matsucoccidae)
Hospedeiros
Apenas o pinheiro bravo (Pinus pinaster().
Identificação
- De Setembro a Outubro presença de pequenos pontos castanhos (larvas), com 3 mm de diâmetro, ao longo das fissuras do ritidoma do tronco. As larvas localizam-se preferencialmente a meia altura do tronco abaixo da copa da árvore
- De Dezembro a Março, presença de pequenos casulos brancos (com pupas de machos), com 5 mm de comprimento, nas fissuras do ritidoma.
- Nas árvores intensamente infestadas presença de exsudações de resina no tronco (visíveis todo o ano) e agulhas avermelhadas nos ramos mais baixos da copa.
- Os ataques ocorrem apenas em árvores com mais de 10 anos.
Danos
- Para níveis elevados das populações, o consumo de floema pelas larvas induz exsudações intensas de resina e enfraquecimento das árvores resultando em decréscimos de crescimento.
- Árvores intensamente infestadas e enfraquecidas são mais susceptíveis ao ataque de escolitídeos e do gorgulho do pinheiro, que em geral conduzem à sua morte.
Biologia
- Tem uma geração anual (no caso de Portugal uma parte das população pode ter uma segunda geração).
- As fêmeas são ápteras e os machos voam no final do Inverno para procurar as fêmeas no tronco das árvores e acasalar. As fêmeas fazem as suas posturas nas fendas do ritidoma no início da Primavera.
- As larvas jovens são móveis, posteriormente fixam-se introduzindo o seu estilete bocal no fundo das fendas mais profundas do ritidoma. As larvas maduras são ápodes e sugam o floema durante o Outono e Inverno. Os machos apresentam mais um estádio que as fêmeas, como ninfas móveis no final do Inverno.
Factores de risco
- As proveniências orientais do pinheiro bravo (Sudeste de França, Córsega e Itália) são as mais susceptíveis, as proveniências Marroquinas e Portuguesas são as menos susceptíveis.
- As árvores de crescimento lento são mais susceptíveis, manifestam sinais de enfraquecimento mais cedo e são mais susceptíveis ao ataque de escolitídeos e do gorgulho do pinheiro.
Medidas de gestão
Monitorização
- Uso de armadilhas com feromonas durante o Inverno.
- Durante o Outono descascar o ritidoma a meia altura do tronco para observar pequenos pontos castanhos (larvas) à superfície do floema.
Medidas preventivas
- Use de proveniências do pinheiro bravo resistentes.
- Aplicar fertilização e/ou desbastes intensos para aumentar o vigor da árvore.
Meios de luta
- Em França: a aplicação de Deltametrina nos troncos é permitida na Primavera (contra as larvas). Só se recomenda para árvores de grande valor (parques e jardins).
- Não há insecticidas registados contra esta praga em Portugal ou Espanha.