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Phytophthora cinnamomi & Phytophthora cambivora (Oomycota, Peronosporales).

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Phytophthora cinnamomi </i>& <i>Phytophthora cambivora</i> (Oomycota, Peronosporales).

Tinta do castanheiro

Phytophthora cinnamomi & Phytophthora cambivora (Oomycota, Peronosporales).
Doença da tinta, doença da tinta do castanheiro

Hospedeiros

Castanheiros (Castanea sativa, C. sativa x crenata e C. sativa x mollissima). Várias espécies de plantas e de árvores são hospedeiros destas duas espécies de Phytophthora: Erica spp., amendoeiras (Prunus), carvalhos (Quercus) e nogueiras (Juglans).

Identificação

  • Declínio das árvores.
  • Folhas amarelecidas e sem brilho, que vão murchando, acabando por cair prematuramente.
  • Dessecamento rápido das folhas (ocorrência ocasional), que ficam firmemente agarradas aos ramos, mesmo durante o período de repouso vegetativo.
  • Ouriços de dimensões reduzidas e sem fruto que ficam aderentes à árvore.
  • Necroses nas raízes secundárias e principal, responsáveis por uma forte redução da actividade radicular.
  • Colo da planta com uma mancha escura de cortornos irregulares ou em forma de cunha (quando se destaca a epiderme). Os tecidos necrosados são castanhos e limitados por uma margem negra.
  • Exsudado negro de aparecimento ocasional, semelhante a tinta escrever, a partir de pequenas lesões na casca.
  • Para a identificação das espécies de Phytophthora é necessário desenvolver estudos laboratoriais.
  • As duas espécies P. cinnamomi e P. cambivora são muito parecidas, mas a última espécie apresenta no entanto uma menor gama de hospedeiros assim como menor capacidade de sobrevivência no solo e nas plantas.

Danos

  • Declínio que pode conduzir à morte das plantas
  • Plântulas - muito susceptíveis, podendo morrer no espaço de um ano; nas plantas adultas o declínio é progressivo e varia com as condições ambientais.

Biologia

  • P. cinnamomi e P. cambivora são patogéneos do solo. As raízes são infectadas pelos zoósporos (esporos flagelados) que são libertados quando existe água livre no solo. O micélio invade as raízes e algumas vezes a parte basal da árvore (até à altura de 1 metro).
  • Quando as condições de temperatura e de humidade (água na forma livre) do solo forem favoráveis dá-se a formação de esporângios nas raízes e a libertação de novos zoósporos.
  • O patogéneo sobrevive no solo sob a forma de clamidósporos. Na Europa não existe a reprodução sexuada do P. cinnamomi (oósporo).
  • As duas espécies de Phytophthora estão presentes no sudoeste da Europa, com uma diferente importância a nível regional.
  • A disseminação da doença pode ser feita através da água, solo ou plantas contaminadas.

Factores de risco

  • A doença é favorecida em solos com fraca drenagem.
  • O declínio é rápido em condições de excesso de água no solo.

Medidas de gestão

Medidas preventivas

    Todas as medidas que contribuam para reduzir a disseminação ou a multiplicação do patogéneo:
  • drenagem dos solos;
  • impedir a movimentação de solo contaminado,
  • uso de plantas sãs nas novas plantações,
  • uso de clones tolerantes: híbridos de C. crenata ou C. mollissima apresentam uma fraca susceptibilidade à doença da tinta,
  • uso de solos supressivos (presença destes solos na região de Bragança).

Meios de luta

  • Não existem fungicidas homologados em Portugal para esta doença em castanheiros.
Foto 1: Necroses em forma de chama visíveis debaixo da casca.
Foto 2: Doença da tinta num povoamento.
Foto 3: Doença da tinta num povoamento de castanheiro.

Fotos : Cécile Robin.


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