Piral do tronco
Dioryctria sylvestrella (Ratzeburg) (Lepidoptera, Pyralidae)
Sinónimo: Dioryctria splendidella
Hospedeiros
Todas as espécies de pinheiros (Pinus).
Identificação
- Presença de grandes nódulos de resina no ritidoma do tronco, com escorrimentos em forma de cera de vela, primeiro amarelados e depois rosados. Lesões frequentemente localizadas no ponto de inserção dos ramos ou próximo de feridas resultantes de desramações, especialmente nas pernadas mais jovens (observável durante todo o ano) (Foto 1).
- Larvas rosadas (jovens) a esverdeadas (maduras), com pequenos pontos negros, vivendo numa galeria debaixo da casca, com os orifícios de entrada escondidos pelos nódulos de resina. As lagartas podem-se encontrar desde Setembro (com 1 cm de comprimento e rosadas) até Maio (com 4 cm de comprimento e esverdeadas) (Foto 2).
Danos
- A anelação parcial do tronco não mata a árvore, mas aumenta o risco de queda durante as tempestades (Foto 3).
- Redução da qualidade da madeira devido à deformação e impregnação de resina na madeira nos locais de ataque (Foto 4).
Biologia
- Existe uma geração por ano (podendo haver uma segunda geração parcial em Verões longos).
- As borboletas adultas atacam as árvores em Junho-Julho (1ª geração) e no início de Setembro (2ª geração).
- As lagartas alimentam-se numa galeria sob o ritidoma desde o Verão até à próxima Primavera, com um período de repouso durante o Inverno. A ninfose completa-se nas massas de resina (desde o final da Primavera para a 1ª geração, até ao fim do Verão para a segunda).
- Os ataques estão principalmente localizados nos cinco ramos mais jovens (parte superior do tronco).
Factores de risco
- As árvores vigorosas, com lesões ou desramificadas são mais susceptíveis ao ataque, principalmente porque as borboletas são atraídas pelo odor da resina que exsuda das feridas ou fissuras do ritidoma.
Medidas de gestão
Monitorização
- Observação do número de árvores atacadas (árvores com pelo menos um nódulo de resina no tronco).
- Uso de armadilhas iscads com feromonas.
Medidas preventivas
- Reduzir o risco de lesões no ritidoma (durante operações mecânicas como desbastes e limpezas de matos).
- Adiar as desramações por vários anos para evitar os ataques na parte inferior, mais valiosa do tronco.
- Reduzir as fertilizações e intensidade de desbastes para limitar o crescimento radial durante os primeiros dez anos.
Meios de luta
- Captura em massa com armadilhas com feromonas (em estudo).