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Cydia splendana (Lepidoptera, Tortricidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Cydia splendana</i> (Lepidoptera, Tortricidae)

Lagarta das castanhas

Cydia splendana (Lepidoptera, Tortricidae)
Sinónimo: Laspeyresia splendana Hübner

Hospedeiros

Castanheiros (Castanea), carvalhos (Quercus) e mais raramente avelaneiras (Corylus).

Identificação

  • Os ouriços ficam castanhos e caem.
  • Presença de lagartas dentro do fruto rodeadas de excrementos.
  • Presença de orifícios de saída nos frutos (1,5-3 mm).
  • As lagartas têm 12 a 16 mm de comprimento, são brancas ou rosadas com o primeiro segmento torácico castanho-escuro. Pode haver possível confusão com duas outras espécies que também podem estar presentes nas castanhas: Pammene fasciana e Curculio elephas. As lagartas de Pammene fasciana são mais pequenas (10-13 mm) e têm cor avermelhada. As larvas ápodes do gorgulho, Curculio elephas, são de cor branca cremosa e cabeça castanha, têm cerca de 7-12 mm de comprimento, são espessas e curvas, em forma de C , e estão rodeadas de excrementos mais escuros e compactos.

Danos

  • Os frutos caem prematuramente.
  • Perda de frutos maduros pela destruição das castanhas.
  • A presença de frutos atacados diminui a qualidade da produção e os custos de preparação dos frutos para venda aumentam.

Biologia

  • Tem uma geração anual.
  • As borboletas adultas voam de Agosto a Outubro, depositando os ovos preferencialmente na parte superior das folhas.
  • As lagartas penetram nos frutos próximo do ponto de inserção, depois alimentam-se no seu interior destruindo-o. Cada lagarta ataca apenas uma castanha.
  • O desenvolvimento da lagarta dá-se em cerca de 3 semanas.
  • As lagartas maduras abandonam os frutos de Setembro a Novembro abrindo um orifício na casca, depois enterram-se no solo a uma profundidade de 5-8 cm. Invernam no solo num casulo branco incorporando partículas do solo e sedimentos. É também possível encontrar debaixo da casca da planta hospedeira.

Factores de risco

  • Acumulação de frutos atacados no chão.
  • Nos Verões secos os ataques são mais importantes.
  • Os ataques são mais severos em solos esqueléticos, pobres e pedregosos.

Medidas de gestão

Monitorização

  • De Agosto a Outubro, uso de armadilhas com feromonas para estimar o número de adultos.
  • Amostragem aleatória dos frutos para estimar o nível de ataque.

Medidas preventivas

  • Remover e destruir, o mais cedo possível, os ouriços atacados do chão para evitar que as lagartas abandonem os frutos e se enterrem no solo.

Meios de luta

  • A mobilização do solo durante o Inverno ou Primavera expõe os casulos e consequentemente mata-os reduzindo as populações do insecto. Contudo recomenda-se mobilizações pouco profundas (não superiores a 10-15 cm) devendo-se evitar a vizinhança do tronco da árvore, especialmente nas regiões de risco para a Phytophthora.
  • Não há insecticidas registados em Espanha, Portugal ou França para esta espécie.
  • Métodos de confusão sexual (em estudo).
1. Ouriços ficando castanhos depois de atacados pela lagarta das castanhas.
2. Lagarta das castanhas dentro do fruto.
3. Castanha atacadas com o orifício de saída feito pela lagarta.

Fotos : 1: Matt Ayres; 2 & 3: María J. Lombardero.


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